Notas
PF deflagra ação para combater quadrilha do tráfico
Além de MS, mandados são cumpridos em outros 3 estados; cocaína também era transportada por aeronaves, que pousavam nas divisas entre MG e GO.
A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (25), a Operação Krull, com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em tráfico internacional de drogas. Segundo a PF, o grupo criminoso era chefiado por um dos principais fornecedores de drogas para o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Cerca de 100 policiais cumprem 16 mandados de prisão e 15 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Minas Gerais. Dos mandados de prisão, 13 já foram cumpridos. A PF investigava a organização criminosa há um ano e meio. O líder da quadrilha, que cumpria pena em regime aberto em Juiz de Fora (MG), articulava, desde Iturama (MG), todos os movimentos do grupo. Nessa cidade, ele se apresentava como pecuarista.
A PF também identificou outro integrante, que ficou conhecido por envolvimento no furto ao Banco Central de Fortaleza, em 2005, e atualmente controlava o tráfico de drogas na segunda maior favela paulista. A quadrilha adquiria a cocaína na Bolívia e a transportava por meio de aeronaves, utilizando pistas de pouso localizadas nas divisas entre os estados de Minas Gerais e Goiás. A droga também era transportada por terra, entrando no Brasil por Corumbá (MS).
Depois de entregue, o entorpecente era armazenado e posteriormente transportado em veículos com compartimentos ocultos até os compradores finais, em São Paulo e no Rio de Janeiro. O pagamento era feito por envio ou coleta de dinheiro (reais ou dólares), depósitos em contas bancárias próprias ou de terceiros, ou, ainda, por remessa de dólares por meio de casas de câmbio.
Durante as investigações, foram presas em flagrante 16 pessoas e apreendidos 721 quilos de cocaína, um caminhão, cerca de R$ 400 mil e 400 mil dólares. Os presos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de tráfico internacional de drogas e organização criminosa, podendo cumprir até 23 anos de reclusão.
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