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Dólar fecha em alta, com preocupações sobre guerra comercial
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Dólar fecha em alta, com preocupações sobre guerra comercial
Fechou em alta nesta quinta-feira (1), de olho no aumento das preocupações em torno da guerra comercial entre China e Estados Unidos após o presidente norte-americano, Donald Trump, dizer que irá impor tarifa adicional sobre importações chinesas. A moeda norte-americana subiu 0,76%, a R$ 3,8473.
Mais cedo, o dólar operou em queda, repercutindo a decisão do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, de cortar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para entre 2?,25%, no primeiro corte da taxa desde 2008, e também na esteira da decisão do Copom de reduzir a Selic.
Guerra comercial
Trump anunciou no Twitter que irá impor uma tarifa adicional de 10% sobre US$ 300 bilhões restantes em importações da China a partir de 1º de setembro, no momento em que prosseguem as negociações para tentar amenizar tensões entre as duas maiores economias do mundo.
A guerra comercial vem preocupando o mercado financeiro na medida em que investidores enxergam que a disputa pode atingir outros países e, portanto, representar uma ameaça à economia global. Diante do cenário de incerteza, os agentes buscam investimentos considerados mais seguros, como o dólar, e o aumento da demanda faz a cotação da moeda norte-americana subir.
Juros nos EUA
Como já era esperado, o Fed cortou a taxa básica de juros na quarta-feira, mas surpreendeu mercados financeiros a afirmação do chair, Jerome Powell, de que o movimento pode não ser o início de uma campanha prolongada para proteger a economia contra riscos que incluem uma fraqueza da economia global, destaca a Reuters.
Em declarações conflitantes durante a coletiva de imprensa, Powell afirmou que o corte da véspera não era o início de uma longa série de cortes, mas ao mesmo tempo pontuou que «não disse que é apenas um corte de juros». Embora o corte de 0,25 ponto percentual já estivesse precificado, na avaliação de agentes financeiros, as sinalizações do banco central norte-americano pegaram investidores desprevenidos, o que gerou um ajuste de posições.
«Não se comprometeram com um ciclo de cortes de juros. Isso por si só merecia um ajuste na taxa de câmbio e é isso que está acontecendo hoje», disse à Reuters a estrategista de câmbio do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte, sobre a decisão do Fed. Outros eventuais cortes de juros nos EUA poderiam beneficiar o real, uma vez que taxas de juros mais baixas em grandes economias melhoram a relação risco/retorno de investimentos em economias emergentes e aumentam a liquidez global. Isso poderia gerar uma migração de recursos para mercados como o Brasil, elevando a oferta de dólares e, consequentemente, baixando o preço da moeda.
Decisão do Copom
Também contribuía para o viés de alta do real a decisão do Banco Central do Brasil na quarta-feira de cortar a Selic em 0,5 ponto percentual, levando a taxa a uma mínima histórica de 6%. A autoridade monetária também manteve a porta aberta para eventuais novos cortes. O BC indicou que o processo de afrouxamento poderá seguir adiante diante da fraqueza econômica, inflação bem comportada, melhora no ambiente externo e avanço da reforma da Previdência.
No entanto, apesar das sinalizações, adotou um tom mais cauteloso e conservador que o esperado, na avaliação de Fernanda Consorte. Ela pondera que essa percepção pode reforçar o viés de alta do dólar sobre o real. Na avaliação da economista, o BC deverá, de fato, prosseguir com o ciclo de cortes, já que condiciona o movimento ao ajuste fiscal, que depende da aprovação da reforma da Previdência, mas o comunicado da véspera «deixa um gato no telhado.»
Em nota, economistas da corretora H.Commcor pontuaram ainda a possibilidade de um «ajuste altista do dólar contra o real em meio ao estreitamento do diferencial de juros.» O Banco Central realiza nesta quinta-feira leilão de até 11 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento outubro, no valor de US$ 11,5 bilhões.
Fonte: Fiems
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