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Brasil pede extradição de dez paraguaios presos por tráfico de armas

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A Justiça brasileira solicitou a extradição de dez cidadãos paraguaios presos nesta terça-feira, dia 05 de dezembro, no âmbito da Operação Dakovo, que desmantelou rede internacional de tráfico de armas. Entre eles estão duas mulheres, integrantes das Forças Armadas do país vizinho.

Segundo o site Campo Grande News, trazidas por uma empresa paraguaia de países do leste europeu, pelo menos 43 mil armas curtas e longas foram parar nas mãos de bandidos de facções criminosas brasileiras, especialmente PCC (Primeiro Comando da Capital) e Comando Vermelho.

Nesta quarta-feira (6), a Fiscalía (órgão equivalente ao Ministério Público) revelou que o Brasil quer a extradição das vendedoras de armas Maria Mercedes Ocampos, 31, e Eliane Magali Marengo Subeldia, 36; dos traficantes de armas Manuel Antonio Gómez Ojeda, 46, Arnaldo Andres Cubas Cantero, 31, e Angel Antonio Flecha Barrios, 45; do vendedor de armas Aldo Cantero Cáceres, 45; do doleiro Ricardo Luis Morra Gadea, 36; do traficante de armas Julio César Cubas Cantero, 39; da capitã e ex-chefe de controle da Dimabel Josefina Cuevas Galeano, 35; e da primeira-tenente Cinthia Maria Turro Braga, 40, ex-assessora jurídica do Registro Nacional de Armas.

De acordo com investigações da Polícia Federal brasileira e da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai, as armas eram importadas legalmente pela empresa IAS (Internacional Auto Suply), com sede em Asunción.

Com apoio de integrantes da Dimabel – órgão militar paraguaio de controle do comércio de armas – a IAS forjava documentos para comprovar a venda das armas de forma individual para pessoas físicas. Entretanto, o armamento tinha a numeração raspada e era destinado às facções brasileiras.

Para impedir o rastreamento do dinheiro, a organização contava com apoio de doleiros, que montaram esquema para fazer transações em espécie e através de valores baixos, para burlar os órgãos de controle.

Os donos da empresa IAS, o argentino Diego Dirisio e a mulher dele, a ex-modelo argentina Julieta Nardi, conseguiram fugir. Existe suspeita de que o casal tenha sido informado horas antes sobre a operação de ontem.

Além de Diego e Julieta, considerados os principais alvos da operação, outros oito investigados no Paraguai seguem foragidos. Hoje de manhã, o general da reserva do Exército do Paraguai, Jorge Antonio Orué Roa, 59, se entregou na delegacia da Polícia Nacional de Concepción. Ele foi diretor da Dimabel e validava todos os trâmites em favor da organização.

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