Notas
Após execução de Rafaat, polícia cria cartório especializado em narcóticos.
A morte do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, ocorrida na quarta-feira (15), levou medo e tensão para aos moradores da fronteira. É que, segundo a polícia, Rafaat tinha o comando das ações criminosas entre o Brasil e o Paraguai, tanto que ficou conhecido como «Rei da fronteira». Diante da situação de insegurança, a Polícia Civil criou, nesta semana, um cartório especilizado em narcóticos em Ponta Porã – cidade distante 323 quilômetros de Campo Grande.
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Conforme o delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil da cidade, Jarley Inacio de Souza, o departamento era um desejo antigo de policiais que atuam naquela região. «Justamente para atender essa demanda em narcóticos e crimes organizados, com isso que chamamos de quebra de paradgmas no crime que foi a morte do Rafaat, a Delegacia Regional e o delegado geral entenderam por bem criar», explica.
Ainda segundo o delegado, o cartório está em funcionamento desde a última quinta-feira (16), um dia após a morte de Rafaat. A quantidade de policiais que compõem o grupo não foi revelada, por questões de sigilo policial, mas eles trabalham de maneira coordenada e em funções específicas. «Estamos trabalhando com informações que vem de todas delegacias da fronteira e já temos detalhes novos em relação ao narcotráfico. Nosso objetivo é cruzar tudo isso e fazer um trabalho mais específico de combate a esse crime», relata a autoridade policial.
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A ideia é que as informações colhidas pelo cartório de narcóticos na fronteira, sejam repassada a delegacias especializadas de Campo Grande, como a Denar(Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) e Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado). «Com melhor estrutura e pessoal eles podem avançar nas investigações e no combate», considera o delegado.
Após a morte de Rafaat, moradores relataram o medo de que, sem um um comando, a fronteira fique aberta às facções criminosas do Brasil, como o PCC e o CV, que tem modo de atuação violenta, com ataques e explosões a bancos e atentados a unidades militares. «A Polícia Civil, assim como Polícia Militar, está trabalhando com informações, justamente para ver se irá evoluir alguma coisa com relação a criminalidade, por enquanto, só que alterou foi a rotina da cidade, mas aos poucos vai voltando a normalidade. Com relação a crimes, não houve nenhum aumento, nem sinal de novos atentados», disse Inácio.
Investigação – Quanto a morte do narcotraficante, o delegado de Ponta Porã explica que a principal investigação ocorre no Paraguai, mas a polícia do Brasil também tem investigado o fato, paralelamente, e cedido informações ao país vizinho.
Jorge Rafaat foi executado com vários disparos após cair em uma emboscada no início da noite desta quarta-feira (15), em Pedro Juan Caballero – cidade que faz fronteira com a brasileira Ponta Porã. Rafaat foi condenado em 2014 por tráfico pelo juiz federal Odilon de Oliveira.CGNEWS.
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