Brasil
Petrobras aumenta preço do diesel em mais de 6% a partir de hoje sábado (1º)
SP (FOLHAPRESS) – A Petrobras elevou em mais de 6% o preço médio do diesel para distribuidoras, para R$ 3,72 por litro a partir de sábado (1º), no primeiro ajuste do valor do combustível fóssil em mais de um ano.
A companhia não reajustava o diesel, combustível mais consumido do país, desde 27 de dezembro de 2023, quando cortou em 7,9% o valor do produto em suas refinarias.
A medida já era esperada pelo mercado, mas a confirmação do reajuste deu força aos papéis da petroleira. Às 14h15, as ações preferenciais (PETR4) subiam 2,35% na Bolsa, cotadas a R$ 38,27. Já as ordinárias (PETR3) avançavam 2,03%, a R$ 42,21. O Ibovespa, no mesmo horário, tinha ganhos de 0,18%, aos 127.141 pontos.
O repasse do aumento do preço da Petrobras aos consumidores finais nos postos depende de uma série de fatores, incluindo cobrança de impostos, mistura de biodiesel e margens de lucro da distribuição e da revenda.
Além disso, o mercado brasileiro também é suprido por algumas refinarias privadas e por importações.
Na segunda-feira (27), o presidente Lula (PT) se reuniu com a presidente da Petrobras Magda Chambriard e foi comunicado sobre o reajuste de preços.
Interlocutores do governo acreditam que o impacto pode ser amenizado pela queda do dólar, diminuindo temores de alta no preço dos alimentos.
Entretanto, os preços dos combustíveis já devem subir nas bombas a partir deste sábado (1) com o aumento do ICMS. O aumento será de R$ 0,06 no litro do diesel e biodiesel e R$ 0,10 por litro de gasolina e etanol.
Em nota, a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) disse que vê com bons olhos o reajuste, apesar de não zerar a defasagem do óleo diesel em comparação ao produto dos Estados Unidos.
A associação projeta que o aumento será de aproximadamente R$ 0,19 por litro, chegando a R$ 0,25 por litro com o reajuste do ICMS.
Segundo a Abicom, a defasagem no preço do diesel em comparação aos preços praticados no exterior está próxima ou superior a 20% nas últimas três semanas.
De acordo com André Braz, coordenador de Índices de Preços do FGV IBRE, o impacto imediato na inflação deve ser ínfimo.
«O diesel pesa muito pouco, apenas 0,23%, no consumo das famílias. Isso faz com que um aumento de R$ 0,22, equivalente 6,28%, na refinaria impacte em 0,01 ponto percentual no IPCA de fevereiro», diz Braz.
No entanto, o economista afirma que o maior impacto é indireto, já que o diesel é utilizado em diversos segmentos, como máquinas do agronegócio, transporte rodoviário e público urbano, e termelétricas.
«Esses aumentos encarecem tudo isso, mas não sabemos exatamente qual será o impacto verdadeiro, que não será visto no IPCA de fevereiro, e sim no custo da estrutura produtiva», afirma o economista.
Para ele, uma parte deste encarecimento poderia ser compensada pela valorização do real. No entanto, a cotação do dólar teria que recuar mais, já que, apesar da queda de janeiro, ele ainda está bem acima do patamar visto no começo de 2024.
Matheus Ferreira, economista da Tendências consultoria, compartilha a análise. «O impacto é quase nulo (+0,01%) no IPCA de fevereiro, por conta do baixo peso do diesel no índice. Pode haver impacto indireto sobre os preços dos alimentos, via encarecimento dos custos com frete, cuja magnitude é difícil de precisar.»
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