Brasil
Brasil tem 19 novos bilionários e total chega a 60; veja os mais ricos
Relatório ‘Billionaire Ambitions Report 2024’, do banco suíço UBS, mostra que o Brasil é o segundo país com maior número de bilionários nas Américas, atrás apenas dos Estados Unidos.
Por André Catto, g1
Eduardo Saverin e Vicky Safra são os dois brasileiros mais ricos, segundo a Forbes. — Foto: Roslan Rahman/AFP/Arquivo e Silvana Garzaro/Estadão Conteúdo
O Brasil ganhou 19 novos bilionários em 2024 e chegou ao total de 60 pessoas no seleto grupo — um aumento de 33% em relação a 2023. O país é o segundo com maior número de bilionários nas Américas, atrás apenas dos Estados Unidos, que tem 835.
Os dados constam no relatório ‘Billionaire Ambitions Report 2024’, do banco suíço UBS. Segundo o documento, o Brasil teve a maior alta percentual não só no total de bilionários, mas também no aumento da riqueza dessas pessoas.
Ao todo, as fortunas somadas dos brasileiros bilionários alcançam US$ 154,9 bilhões (o equivalente a R$ 927 bilhões), o que representa uma alta de 37,7% em um ano.
Para efeito de comparação, os EUA tiveram um aumento de 11% no número de bilionários no período. A soma das riquezas dos bilionários norte-americanos chegou a US$ 5,838 trilhões (o que corresponde a astronômicos R$ 34,936 trilhões). O salto foi de 27,6% em 2024.
Ainda que o Brasil tenha mais bilionários do que o Canadá e o México, por exemplo, as fortunas totais dos ricaços destes dois países superam as dos brasileiros. No Canadá, o montante chega a US$ 213,3 bilhões (R$ 1,276 trilhão), enquanto, no México, a US$ 199,7 (R$ 1,195 trilhão).
Veja abaixo:
Bilionários nas Américas
País | Total de bilionários em 2023 | Total de bilionários em 2024 | Novos bilionários em 2024 | Deixaram a lista de bilionários | Mudaram ou voltaram para o país | Variação no total de bilionários | Riqueza total em 2023 | Riqueza total em 2024 | Variação da riqueza |
Argentina | 4 | 4 | 0 | 0 | 0 | 0% | US$ 11 bilhões | US$ 14,6 bilhões | 32,7% |
Brasil | 45 | 60 | 19 | 3 | -1 | 33,3% | US$ 112,5 bilhões | US$ 154,9 bilhões | 37,7% |
Canadá | 42 | 46 | 6 | 1 | -1 | 9,5% | US$ 173,9 bilhões | US$ 213,3 bilhões | 22,7% |
Chile | 6 | 5 | 0 | 1 | 0 | -16,7% | US$ 36,4 bilhões | US$ 34,9 bilhões | -4,1% |
Colômbia | 1 | 1 | 0 | 0 | 0 | 0% | US$ 6,4 bilhões | US$ 7,3 bilhões | 14,1% |
México | 14 | 22 | 8 | 0 | 0 | 57,1% | US$ 168,9 bilhões | US$ 199,7 bilhões | 18,2% |
Peru | 4 | 0 | 0 | 4 | 0 | -100% | US$ 5,5 bilhões | US$ 0 | -100% |
Estados Unidos | 751 | 835 | 101 | 20 | 3 | 11,2% | US$ 4,577 trilhões | US$ 5,838 trilhões | 27,6% |
Total | 867 | 973 | 134 | 29 | 1 | 12,2% | US$ 5,091 trilhões | US$ 6,463 trilhões | 26,9% |
Fonte: Banco UBS
Entre os nossos vizinhos sul-americanos, a Argentina se manteve inalterada de 2023 para 2024, com quatro bilionários, enquanto o Chile diminuiu de seis para cinco. O Peru, que tinha quatro bilionários e agora não tem nenhum, apresentou o pior resultado nas Américas.
Brasileiros bilionários
Ainda segundo o relatório, o Brasil tinha, ao todo, 45 bilionários no ano passado. Para chegar aos atuais 60, o UBS contabilizou 19 novos nomes.
Conforme a publicação, três brasileiros deixaram a lista por terem perdido esse patamar financeiro. Além disso, um deles saiu o país. O documento não detalha quem são essas pessoas.
O g1 mostrou em agosto deste ano que o Brasil já havia ganhado ao menos cinco novos bilionários em 2024. Os nomes constam na lista anual da revista Forbes. Os estreantes no seleto grupo atuam nos setores do agronegócio, tecnologia, bancos e transportes. VEJA QUEM SÃO.
Abaixo, os maiores bilionários brasileiros — morando ou não no Brasil —, segundo o monitoramento feito em tempo pela Forbes:
- Eduardo Saverin (Facebook): US$ 33,4 bilhões
- Vicky Safra e família (Banco Safra): US$ 18 bilhões
- Jorge Paulo Lemann e família (AB Inbev/3G Capital): US$ 14,5 bilhões
- Marcel Herrmann Telles e família (AB Inbev/3G Capital): US$ 9,8 bilhões
- Carlos Sicupira e família (AB Inbev/3G Capital): US$ 7,9 bilhões
- Fernando Roberto Moreira Salles (Itaú Unibanco/CBMM): US$ 6,2 bilhões
- Pedro Moreira Salles (Itaú Unibanco/CBMM): US$ 5,8 bilhões
- André Esteves (BTG Pactual): US$ 4,9 bilhões
- Miguel Krigsner (O Boticário): US$ 4,7 bilhões
- João Moreira Salles (Itaú Unibanco/CBMM): US$ 4,3 bilhões
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